Quarta-feira, 2 de Janeiro de 2008
Entrevista com a G.N.R. de Vila Praia de Âncora

Publicamos por fim a entrevista realizada  à GNR de Vila Praia de Âncora. Em baixo, uma digitalização da carta enviada pelo posto de Viana do Castelo com informações sobre a segurança na nossa vila.

 

000207xx




Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007
Conversa com a Presidente da Câmara de Caminha

No passado dia 14 de Novembro, dirigimo-nos à Câmara Municipal de Caminha para entrevistar a Doutora Júlia Paula Costa, presidente da Câmara Municipal. Aqui fica a entrevista que realizamos:

"1 - Quais os planos que a Câmara Municipal de Caminha tem para Vila Praia de Âncora, para um futuro próximo?

O Executivo camarário tem vindo a dedicar uma particular e muito evidente atenção a Vila Praia de Âncora, desde sempre, e a prova disso é o grande número de obras — umas mais visíveis e outras mais discretas’ — que têm vindo a ser feitas na Vila.

No imediato, poderei dizer que há três projectos de relevo quanto a Vila Praia Âncora: as piscinas municipais, a ludoteca/biblioteca e a ecovia, sendo que todos eles são empreendimentos não só necessários como há muito ansiados pela população local, com a qual estamos em plena sintonia. A vontade de ver construídas as piscinas municipais é partilhada por todas as forças políticas caminhenses e pela população que, há muito, espera por um equipamento prometido ao longo de largos anos.

Assim, e depois de ter herdado’ uma situação complicada de Executivos anteriores, em que o Município nem sequer possuía os terrenos necessários para os quais se anunciava a construção das piscinas, o actual Executivo camarário comprou esses terrenos e encomendou um projecto moderno e funcional, que inclui um clube de saúde e campos de ténis. A respectiva candidatura foi apresentada e…. chumbada. Mediante isto, e recusando baixar os braços, a Câmara decidiu iniciar um processo com vista à constituição de uma sociedade comercial para a construção das piscinas municipais. Esta obra vai, portanto, avançar!

Refira-se que o recurso a parcerias com privados tem sido uma opção de várias câmaras, para viabilizar obras que, de outra forma, não seriam possíveis. Essa foi a solução que encontramos para satisfazer esta carência existente em Vila Praia de Âncora, e de que não desistiremos.

Também a Ecovia Caminha-Vila Praia de Âncora vai avançar, tendo já sido adjudicadas pelo Município as duas empreitadas que constituem este projecto: a primeira, refere-se à pavimentação inerente à rede ciclável e pedonal do troço de Moledo a VP Âncora da ecovia, sendo a segunda relativa ao troço de Vila Praia de Âncora (Portinho). Ambas as empreitadas visam uma adequada integração urbana e paisagística na área de intervenção, com utilização de materiais favoráveis do ponto de vista ambiental e da sustentabilidade, como é o caso da utilização de betumes modificados com borracha reciclada de pneus usados.

Na Ecovia Caminha-VP Âncora estão previstos pontos de paragem equipados com mobiliário urbano adequado à frente marítima, sendo também as passadeiras adaptadas para passadeiras de nível, para os cidadãos com mobilidade reduzida. Serão ainda colocados bancos, ecopontos, porta-bicicletas, arborização e, numa fase posterior, sinalização vertical de cariz informativo.

A ecovia vai ser enriquecida ainda com a colocação estratégica de zonas de descanso e paragem acolhedoras, com mobiliário adequado ao descanso e repleto de sombra, assegurada com arborização e coberto vegetal.

A regularização do estacionamento automóvel também não será esquecida, com a criação de lugares de estacionamento — actualmente inexistentes — ao longo da antiga EN 13.

Também a ludoteca/biblioteca de Vila Praia de Âncora deverá estar em pleno funcionamento no início de 2008. A candidatura apresentada pelo Município com vista ao desenvolvimento do projecto As Tecas — Biblio e Ludo, Espaços de Descoberta e Criatividade”, e que permitirá equipar a Biblioteca e Ludoteca de VP Âncora, foi aprovada, possibilitando avançar com a entrada em funcionamento, em breve, de mais um espaço de cultura e lazer, destinado não só às crianças e jovens mas também aos adultos, no que diz respeito à parte de biblioteca.

Esta candidatura destinou-se a equipar os espaços interiores da futura Biblioteca! Ludoteca, que terá recepção, gabinete de trabalho, zona de leitura de periódicos, sala de leitura de adultos, sala de leitura infanto-juvenil, espaços polivalentes de exposições, dois ateliers, um depósito e a ludoteca, propriamente dita, com áreas de bebés, de exercícios, das regras, do simbólico e polivalente, para além de um anfiteatro também polivalente.

Esta estrutura vai ter também um espaço Internet e multimédia, cujo equipamento, designadamente informático, foi objecto de uma outra candidatura.

A futura Biblioteca/Ludoteca de Vila Praia de Âncora é um espaço pensado para realizar, experimentar e criar atitudes novas face ao livro e à leitura, bem como à arte de brincar. Um espaço para utentes de diferentes grupos etários viverem as suas emoções, manifestando-se artisticamente, lendo e comunicando de formas diversas.

 

2 - O que mais gosta em Vila Praia de Âncora?

Para falar verdade, o que realmente mais gosto em Vila Praia de Âncora é a sua beleza natural, que considero um verdadeiro regalo para os olhos e para alma! Mais do que o património construído ou as diversas estruturas que a freguesia nos oferece, não há nada que possa ser mais belo do que sentir o cheiro do mar, seja no Inverno, seja no Verão, e ficar apenas a olhar a beleza da costa, simultaneamente viva e apaziguadora.

Recuso-me, por isso, a escolher um local ou uma qualquer estrutura. A freguesia é bela e “rica” por si mesma, e as suas gentes são genuínas, sãs e hospitaleiras. E tudo isso que me encanta mais...

 

3 - Quais são os pontos fortes e fracos de Vila Praia de Âncora?

O ponto mais “forte” de VP Âncora — como acabei de referir na resposta anterior — podemos dizer que é, sem dúvida, a sua beleza e as suas características naturais, que lhe dão os requisitos essenciais para ser uma bela e multifacetada estância de Verão, sobretudo. Possui, por natureza, características privilegiadas para a prática de diversos desportos náuticos, para além de um extenso e aprazível areal para quem gosta de praia, com equipamentos que permitem fazer férias balneares com qualidade. Há bons acessos à praia, bares de apoio e diversos restaurantes nas proximidades, animação variada — sobretudo no Verão -, fácil estacionamento, parque infantil, espaços de lazer.

Destaco também que à animação intensa, com espectáculos diversos, se associam a cultura e a educação, e aqui quero chamar a atenção para organismos como a Ancorensis — Cooperativa de Ensino, a Academia de Música Fernandes Fão — e o seu já emblemático Concurso de Piano e Festival da Primavera -, ou o Orfeão de Vila Praia de Âncora e o Grupo Etnográfico de Vila Praia de Âncora, por exemplo, instituição que tem vindo a representar o concelho e a região ao mais alto nível, em Portugal e no estrangeiro.

Não lhe chamaria ponto “fraco” mas considero que há alguma descaracterização urbana da vila, que temos vindo a tentar corrigir, na medida e nas situações em que isso possa ser enquadrado no âmbito do papel da Câmara. Todas as obras que o Município tem vindo a levar a cabo nos últimos anos têm, também, procurado sempre corrigir essa descaracterização, procurando “ordenar” a vila e fazendo-a recuperar a suas características genuínas de Vila simultaneamente piscatória e turística, tradicional mas aberta ao progresso, sem que essas duas vertentes sejam, de forma alguma, incompatíveis.

Todos os projectos levados a cabo por esta Câmara — e foram muitos! — desde os melhoramentos de ruas e praças até às alterações de posturas de trânsito, para dar apenas alguns exemplos, tiveram sempre por finalidade, também, dar “ordem” e harmonia à vila, inserindo-a cada vez mais e melhor na paisagem de que ela deve fazer parte. Será dessa combinação que sairá o equilíbrio e a beleza harmoniosa que todos queremos ver na vila.

 

4 - O que se pode fazer para tornar VPA mais atractiva, para os ancorenses e para os turistas?

No fundo, tudo o que disse na resposta às questões anteriores é também válido para esta. Os ancorenses gostam da sua terra e tudo o que temos de fazer é criar as condições para que se sintam cada vez melhor e encontrem na Vila as respostas para as suas necessidades e expectativas, seja ao nível da educação, do desporto, do lazer, mas também as infra-estruturas e condições para o seu desenvolvimento. Estou a lembrar-me da revitalização comercial, onde demos um passo importante com o URBCOM, no âmbito do qual também requalificamos várias artérias importantes, nas quais ainda remodelamos e instalamos novas redes de saneamento, abastecimento de água, comunicações, etc. 

Com a ACIVAC também estamos a trabalhar em parceria e os benefícios para o comércio serão cada vez maiores.

VPÂncora tem espaços importantes que estavam negligenciados. Não vou ser exaustiva, mas tenho de referir a Quinta da Barrosa, um lugar com fortes potencialidades que se encontrava praticamente abandonado e invadido por silvas e outro tipo de vegetação que não foi cuidada ao longo de muitos anos. Os funcionários da Câmara realizaram uma gigantesca operação de limpeza. Posso dizer que estamos a pensar na criação de um parque, as ideias ainda estão a ser desenvolvidas, mas a Quinta é um dos lugares que estão nos nossos planos.

O Dólmen tinha sido vandalizado. A Câmara, só por si, nada podia fazer, por se tratar de um monumento, mas sensibilizámos o IPPAR (hoje IGESPAR) e foi feita uma limpeza. O Dólmen da Barrosa é hoje um dos monumentos incluídos nos roteiros de visitas que o nosso Museu Municipal promove, tanto para crianças como para o público sénior. Estamos a dar mais visibilidade a este exemplar do nosso património.

Em matéria de limpeza, e com a Junta de Freguesia, não posso deixar de referir também o Calvário.

Ainda recentemente, aqui noutro plano, realizámos uma profunda limpeza da Zona Industrial da Gelfa, cujo processo também conseguimos desbloquear. A Câmara já deu início à celebração das escrituras relativas a este complexo. O primeiro dos 27 lotes foi vendido em Junho. Refiro esta data porque marcou um acto formal, mas sobretudo simbólico e de grande relevância, uma vez que assinalou o fim de um dos processos mais complexos herdados por esta Câmara. É que a Zona Industrial da Gelfa foi largamente propagandeada nos anos de 2000 e 2001, mas, nessa altura, uma boa parte dos terrenos nem sequer pertencia à Autarquia.

A implementação da Zona Industrial da Gelfa foi aprovada em 1997, tendo sido então fixadas as condições em que decorreria a operação de loteamento e os projectos de obras de urbanização. Acontece que a Câmara não procedeu ao respectivo registo predial, nem o poderia fazer, uma vez que não tinham sido adquiridos todos os terrenos envolvidos. Foi um processo moroso e complexo para nós, mas felizmente está resolvido.

Estamos todos à espera da segunda fase do Portinho, agora que conseguimos corrigir, dentro do que era possível, os erros cometidos na primeira fase da obra. Como é público, a concretização desta segunda fase terá importância para a pesca, uma das componentes mais características do tecido produtivo da Vila, mas também para o turismo, para além de permitir requalificar toda a marginal Norte. 

 

5 - O que deveria ser preservado, melhorado e criado na vila?

Preservados têm de ser os espaços e o património que são relevantes como elementos de identidade. Já falei do Dólmen e da Quinta, do Calvário, da marginal, noutro plano. 

Depois, há um aspecto que é muito importante, e que diz respeito ao que já existe. Não se pode cruzar os braços, é preciso acompanhar, preservar, garantir a funcionalidade e a qualidade dos espaços e dos equipamentos.

Há ainda muito a melhorar no que diz respeito à rede viária e à mobilidade. Temos feito grandes esforços, mesmo que seja necessário derrubar prédios, como já aconteceu, uma vez que os estrangulamentos criados, fruto de um mau planeamento, eram intransponíveis.

Criamos também o Nó da Erva Verde, uma nova saída e entrada da Vila.  

 

6 - Quais são as ameaças e oportunidades a VPA?

A natureza costeira de Vila Praia de Âncora é a sua grande riqueza. A erosão é um fenómeno a que temos de estar atentos e que tem de ser monotorizado e corrigido. Depois tenho de referir a grande ameaça que tem sido a poluição do rio Âncora, que tem afectado a nossa praia, levando-a a perder a Bandeira Azul. Quero realçar que a época passada registou bons resultados ao nível das análises, que nos permitem voltar a concorrer agora à Bandeira Azul.

Das 20 análises realizadas, entre 16 de Maio e 25 de Setembro, 17 obtiveram a classificação de “boa” e três de “razoável”. Estes resultados, para além de confirmarem a qualidade da água, enquadram-se nos apertados padrões de exigência da Bandeira Azul da Europa.

Ainda não temos resultados definitivos de todo o trabalho que implementamos, em vários domínios, para identificar, combater e banir as fontes poluidoras, mas estamos perto. Queremos acabar de vez com essa ameaça, que prejudica toda a Vila e até o Concelho, que compromete as actividades produtivas essenciais, o comércio, a indústria, em particular o turismo, e, claro, a vida dos ancorenses.

Recordo que o Município realizou um investimento avultado em múltiplas diligências, sempre em colaboração com a Delegação de Saúde, desde a dotação com equipamento adequado e a formação dos funcionários, até inspecções visuais e por vídeo das condutas, estudo das linhas de água, para além do cuidado acrescido nas obras, uma prática que, de resto, este Executivo implementou, aproveitando-se as intervenções para a construção ou remodelação das infra-estruturas. 

Entretanto, e para além da sensibilização, a Câmara deu uma nova oportunidade para a regularização de ligações clandestinas, isentando parcialmente esse serviço e concedendo facilidades no pagamento dos ramais.

O turismo é a grande oportunidade, mas não se desenvolve sem qualidade, seja a que nível for, nem sem infra-estruturas.

 

7 - Se pudesse mudar uma série de características para um futuro próximo em VPA, que alterações faria?

O urbanismo é seguramente o problema principal. Há aspectos do desordenamento que será impossível corrigir, que não favorecem a paisagem urbana e que também não têm um peso positivo na vida das populações, bem pelo contrário.

Como já disse, estamos a criar os instrumentos que permitirão agir com rigor. A revisão do PDM trará novas directivas, mais planeamento e mais rigor.

Mas há coisas que não se podem mudar. Então, o que é preciso é melhorar e fazer mais pela população e pelos vários sectores de actividade. É isso que estamos a fazer.

 

8 - Quais as medidas que acha pertinentes para o desenvolvimento de Vila Praia de Âncora?

Em termos de projectos, equipamentos e medidas para afastar de vez a grande ameaça que é a poluição e a degradação do que é a principal riqueza, a praia e tudo o que a ela está ligado, creio que já disse o essencial nas perguntas anteriores.

Esperamos continuar a poder dizer que Vila Praia de Âncora é uma terra segura. Esperamos que o Governo mantenha aqui a GNR e que não se concretizem encerramentos de que se fala por aí - tudo faremos para que isso não aconteça.

De resto, os ancorenses e os muitos turistas que procuram a Vila sabem bem do investimento que a Câmara faz na cultura e no lazer, materializada naquilo que costumamos chamar Animação Cultural. Ela é uma constante ao longo de todo o ano, mas é particularmente forte nos meses de Verão. 

Muitas vezes não tem apenas objectivos de puro lazer. Estou a lembrar-me do Marlifestyle, que, além de um espaço de animação, foi também uma forma de mostrar a nossa oferta, a nossa moda. Foi um sucesso.

Estou também a lembrar-me da Arte na Rua, que animou espaços exteriores, mas também os estabelecimentos comerciais, criou novas centralidades e interagiu com o público.

A Câmara promoveu variadíssimos espectáculos, sozinha ou em parceria, e aqui tenho de evidenciar a Feira do Livro, sem dúvida, uma iniciativa da Ancorensis.

De resto, e para além do que está directamente ligado à Vila, não quero deixar de abordar a grande oportunidade e os benefícios que vêm com o Valimar Digital, uma rede regional de fibra óptica com mais de 126 quilómetros de extensão, que interligará os seis municípios que integram a comunidade urbana.

Esta rede vai ligar os centros urbanos, de forma a colocar o território na era digital mediante um aumento do tráfego e acesso mais rápido às tecnologias de informação e isso é fundamental, hoje em dia.

O projecto vai também aumentar a atractividade das empresas e dos serviços de base tecnológica, uma vez que a infra-estruturação desta rede passará pela utilização livre de acesso aos operadores de serviços acreditados pela Autoridade Nacional de Comunicações.

O Valimar Digital permitirá ainda combater a info-exclusão e a iliteracia digital através do acesso aos serviços de Internet de banda larga. É um passo muito importante nos dias de hoje, de que Vila Praia de Âncora vai beneficiar.

Em termos de projectos, é importante também referir o do saneamento Sul de Vila Praia de Âncora, que está feito e aguarda apenas o indispensável financiamento para que se possa concretizar.

Também a requalificação do Parque Ramos Pereira e a criação de condições para a prática desportiva (um mini-polidesportivo que brevemente entrará em fase de execução) e de desportos radicais.

A recuperação e a reestruturação das escolas do Viso e de Vilarinho para cedência ao Orfeão de Vila Praia de Âncora e Escola de Música Fernandes Fão.

Também as já mencionadas piscinas municipais.

Um abraço amigo e bom trabalho."

Resta-nos apenas agradecer a amabilidade da Sra. Presidente por nos ter recebido com tanta hospitalidade e nos ter guiado em visita pela Câmara Municipal.

 




Sexta-feira, 16 de Novembro de 2007
Conversa com o Dr. Francisco Sampaio, Presidente da Região de Turismo do Alto Minho

No dia 7 de Novembro, os quatro elementos do nosso grupo, deslocaram-se ao turismo de Viana do Castelo para ter uma conversa  com o Dr. Francisco Sampaio. Após dar conhecimento, numa breve introdução, do nosso projecto ao Dr. Francisco Sampaio, iniciamos a conversa. A seguir iremos apresentar  as ideias com mais importância para o nosso trabalho.

Durante a conversa foram mencionados os pontos fortes e fracos da Vila, o que deveria ser preservado, melhorado e criado, e actividades de animação túristica que poderiam ter um papel activo no desenvolvimento e atracção turistica de VPA. 


 

Vila Praia de Âncora é uma terra que tem aquilo que melhor pode haver em qualquer localidade, o mar, o rio e o vale, e ainda algo que é melhor, a hospitalidade dos ancorenses. Temos de aproveitar todos estes recursos e fazer deles produtos turísticos.

A zona costeira de Vila Praia de Âncora é uma zona extremamente rica em termos de turismo náutico. A praia tem boas ondas para práticas desportivas, como é o caso do Surf, do Bodyboard e do Windsurf, entre outros. Quanto à praia, este é um dos pontos mais fortes de Vila Praia de Âncora, assim como o Vale em que se encontra inserida e o rio Âncora, que apesar de não ter todas as suas potencialidades exploradas, é um recurso em crescente ascensão.
O rio Âncora, não está bem aproveitado. Deveria ser utilizado, como por exemplo na pesca à truta, fazendo campeonatos com participações mundiais que favoreciam o turismo e por consequência a economia local. É bom que se saiba que só se considera turista, aquele que passa mais de 24 horas em determinado local. Quem devia promover estas actividades era o clube de caça e pesca de VPA. Um dos pontos fortes da nossa vila é o rápido acesso à A28.

O portinho é vital para Vila Praia de Âncora. As pessoas já não procuram o peixe congelado, mas sim o peixe artesanal, aquele que é apanhado pelos nossos pescadores, no nosso mar.

O comércio em Vila Praia de Âncora é um ponto fraquíssimo, devia ser completamente remodelado.

Os cafés deveriam ser equipados com computadores que permitissem o acesso das pessoas à internet tal como se faz em Madrid e Paris.

Empresas de animação turística criadas por jovens seria um dos projectos a apoiar. Estes fariam descidas pelo rio, caminhadas, passeios a pé e orientação, mas é necessária uma organização.

Pontos fortes são o alojamento como o hotel Meira e outros, a restauração está muito boa, tem óptimos pratos, a animação turística está enfraquecida, V.P.A. necessitava de mais atracções turísticas, os bombeiros tinham um cine teatro a necessitar de obras, mas temos a sereia da gelfa que é um bom local. As colectividades em Âncora são muito importantes, são poucas as terras que possuem uma associação de bombeiros, clube de caça e pesca, futebol clube, antigamente havia um edifício na praça exclusivamente para os banhistas e a SIRA, orfeão de VPA entre outros.
Os pescadores lutaram muito e agora têm um portinho novo, que serve para eles e no futuro existirão 60 lugares para atracarem pequenos barcos de recreio, favorecendo o turismo.
Algo que se deve criar em Vila Praia de Âncora é pesca desportiva para ser praticada, não só no rio, como já mencionado, mas também no mar, pesca desportiva, não só de peixes pequenos, mas também de peixe grande, robalo, espadarte..etc. A pesca em V.P.A. é muito importante pois fornece peixe bom, peixe fresco.
Devem ser criadas condições para os praticantes de surf, bodyboard e outros desportos aquáticos, criar um local para poderem despir-se, pois é uma vergonha para a vila, muitas pessoas deslocam-se até lá e deparam-se com essa situação incómoda, que já deveria há muito ter sido resolvida.
Um problema que Âncora possui é que à excepção dos meses de Verão, os turistas passam apenas uma noite em Vila Praia de Âncora, e o objectivo é que o turista passe no mínimo duas noites, mas para tal, há que criar atracções, para que ele não necessite de ir embora tão rapidamente.
Âncora precisa de formar um turismo eco sustentável, pois isso é o futuro, e esta vila tem óptimas condições para o fazer, mas tem de parar de verter os esgotos para o rio no Inverno, tem de fazer novos “etars” capazes de suportar todos os habitantes. Foi sempre o que o Dr. Sampaio defendeu, que é preciso preparar Âncora não para os seus 6 mil habitantes permanentes, mas para os 30 mil que chegam no Verão.
Muitos apartamentos, casas..., contudo não existem condições necessárias para quando todas estão ocupadas. Para resolver a situação dos esgotos para o rio Âncora, deveria criar-se  um exutor submarino que levaria os esgotos até uma profundidade que fosse suficiente para os “eliminar”. Este exutor não traria qualquer problema à praia, pois seria enterrado na areia e não poluía as águas, contudo custaria bastante, e é por isso que ainda não foi feito.
Em suma, Vila Praia de Âncora tem tudo para ser um grande local turístico, tem a Natureza do seu lado, e a simpatia incomparável dos seus habitantes, só precisa de inovar e melhorar certos aspectos para ficar a ser conhecida como um território turístico com qualidades supremas.

 

 

Agradecemos ao Dr. Francisco Sampaio o facto de nos ter atendido com tanta amabilidade e nos ter ajudado na elaboração do nosso projecto.

 




Publicado por VPAmanhã às 17:49
Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

+ Sobre Nós
Pesquisar neste blog
 
Junho 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
26
27
28

29
30


Voltando ao passado

Entrevista com a G.N.R. d...

Conversa com a Presidente...

Conversa com o Dr. Franci...

Arquivo

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

tags

todas as tags

Links
As notícias do mês:
Câmara de Caminha aposta fortemente na promoção turística do concelho. O Concelho de Caminha é um dos concelhos do Alto Minho mais procurados pelos turistas. Aliás o concelho é, por si só, um ponto forte no Turismo, já que apresenta um conjunto de recursos que o distinguem como destino turístico, quer ao nível patrimonial, natural, gastronómico, cultural, desportivo, o que faz com que seja o motor da economia no concelho.
blogs SAPO
subscrever feeds