Em Vila Praia de Âncora, as ruas têm nomes de personagens e datas marcantes, tanto para a vila, como para o país. Como tal, achamos de extrema importância explicar o que aconteceu nas datas e quem foram as personagens que agora dão nome às várias ruas.
Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP , proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa.
“O movimento tem como causa próxima a questão do mapa cor-de-rosa e do ultimato inglês. Quando Portugal se lança, depois da conferência de Berlim 1885, no projecto de ligar o território que tinha em África (Angola) a Moçambique por uma faixa territorial, vai encontrar pela frente a oposição de Inglaterra que pretendia ligar o Norte de África, o Cairo ao Cabo, na África do Sul. Eram dois projectos que se cruzavam e não havia interesse por parte da Inglaterra que tal acontecesse. Na altura, como hoje em dia, a Inglaterra era uma potência fortíssima e Portugal não se encontrava em condições de responder em termos de armas às condições do documento que nos foi enviado e que ficou conhecido como Ultimatum ».
Vila Praia de Âncora é uma freguesia portuguesa do concelho de Caminha, com 8,15 km² de área e 4 688 habitantes (2001). Densidade: 575,2 hab km² Foi elevada à categoria de vila a 5 de Julho de 1924, alterando a sua designação de Santa Marinha de Gontinhães para Vila Praia de Âncora.
Miguel Augusto Bombarda (Rio de Janeiro, 6 de Março de 1851 - Lisboa, 3 de Outubro de 1910), médico psiquiatra e republicano.
Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, onde viria a ser professor e foi director do Hospital de Rilhafoles , onde criou o Laboratório de Histologia em 1887. Republicano convicto, foi um acérrimo anti-clerical . Tornou-se membro do Partido Republicano Português em 1909, tendo sido eleito deputado em Agosto de 1910. Membro do comité revolucionário que implantou a República em Portugal, em 5 de Outubro de 1910, e considerado o seu chefe civil. Não chegou, contudo, a assistir à vitória dos republicanos por ter sido assassinado por um louco em 3 de Outubro de 1910, poucas horas antes do início da revolta. Teve um funeral conjunto ao de Cândido dos Reis, no dia 6 de Outubro.
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